Nunca ninguém pôde descrever com tanta clareza como me sinto depois destas eleições... Nunca gostei de política e na verdade nem me interesso em gostar, nem entender, nem militar, nem votar! Sou totalmente apática para o tema “política”. Não me sinto capaz nem responsável de eleger alguém para governar um país de contrastes do tamanho de um continente e com tantas riquezas mal aproveitadas como é o caso do nosso querido e amado Brasil... Como devia ser bom na época em que aqui só habitavam os índios...
Bom, vou deixar de devaneios e postar o texto que li no blog da Martha Medeiros que descreve bem meu sentimento neste momento pós-eleições. Momento conturbado onde jovens “twitteros” considerados inteligentes e com boas oportunidades na vida, julgam que os nordestinos são burros e ignorantes, mas com poder suficiente para eleger, sem a ajuda do resto do país, a nossa nova governante. Irônico e até sarcástico constatar que, segundo eles, o nobre sudeste se coloque nesta posição humilhante de acatar a decisão e desejo de uma massa popular nordestina que, segundo eles mesmos, são vagabundos e vivem à custa do trabalho da burguesia sulista....kkkk só rindo! Eles esquecem que 90% de São Paulo são de nordestinos e os outros 10% são de descendentes de nordestinos e de tudo quanto é raça estrangeira. Sinto realmente pena destes jovens porque estão perdidos sem identidade... São órfãos de pai e mãe... Coitados! Talvez por isso eles tenham elegido o palhaço Tiririca, que por mais uma ironia, também é nordestino... Ou será que foram os nordestinos de São Paulo os responsáveis por mais esta proeza???
Bom, desabafo feito segue o tal texto:
“Desde o início, não me empolguei muito com as eleições porque havia em mim uma sensação clara de que, fosse qual fosse o vencedor, o Brasil se desenvolveria do mesmo jeito, e a corrupção também seguiria do mesmo jeito. Não tive ímpetos de dizer a mim mesma: “agora vai”. Sei que vai. Sempre vai. E haverá problemas, sempre há. Ao menos está decidido: temos uma nova presidente. E antes de começar as detonações, seria interessante que déssemos um crédito, que não fôssemos tão fatalistas. Eu, que antes estava apática, estou resgatando a confiança que sempre me domina nos começos de tudo: começo de ano, começo de namoro, começo de estação. O derrotismo é um hábito que nunca fez bem a ninguém. Independentemente de quem levou meu voto, ou o seu, o dia 31 de outubro já virou passado longínquo. Agora é a vez da Dilma. Confiemos. Ela trabalha muito, é sabido. É um trator. Não veio ao mundo a passeio. Então vamos torcer para que saiba afastar os pelegos do poder, que não venda barato seus ideais, que a necessidade de fazer alianças não corrompa seus projetos, que tenha a vaidade de ser melhor do que seu antecessor e que dê um basta na corrupção. Boa sorte, Madame. Saúde, disposição e muita honestidade, é o que desejo à senhora e a todos nós.”
Martha Medeiros
Nenhum comentário:
Postar um comentário